Polemica dos negros no Oscar

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Spike Lee quer boicotar o Oscar por ausência de negros na premiação.

NOVA YORK — Os protestos contra a indicação ao Oscar de 20 atores brancos - e nenhum negro - ganharam impulso na segunda-feira, dia que celebra a memória de Martin Luther King, líder da luta por direitos civis nos Estados Unidos. O diretor Spike Lee e a atriz Jada Pinkett Smith anunciaram que não pretendem comparecer à cerimônia de premiação, em 28 de fevereiro.
Mas o assunto não foi mencionado em uma reunião cravejada de estrelas (negros, em sua maioria), realizada na igreja Riverside, no Harlem, para homenagear Luther King Jr. Até mesmo artistas ignorados pela Academia preferiram o silêncio.
Nem o mestre de cerimônias, Ryan Coogler, o diretor de “Creed,” nem as estrelas do filme, Michael B. Jordan e Tessa Thompson, fizeram qualquer referência às reclamações em torno das indicações. “Creed” foi foi indicado em apenas uma categoria: melhor ator coadjuvante, para Sylvester Stallone.
Chris Rock, o comediante escalado para apresentar a cerimônia, também não se pronunciou. Ele só fez piada com relação a ter sido chamado ao palco depois de Jordan.
“Não gosto dessa história de aparecer depois do galã. Mas vou tentar fazer o melhor possível”, brincou.
Mais cedo, Spike Lee, pelo Instagram, e Jada Pinkett Smith, em um vídeo, declararam que pretendem se ausentar do Oscar porque, pelo segundo ano seguido, nenhum ator indicado é negro. Mas eles não sugeriram que Chris Rock fizesse o mesmo.
Em um vídeo divulgado na segunda-feira, Jada mencionou o apresentador: “Não consigo pensar em uma pessoa mais adequada para o trabalho neste ano, meu amigo. Boa sorte”. Ela já havia criticado a Academia no sábado, questionando no Facebook e no Twitter se negros deveriam boicotar a cerimônia.

“As pessoas só podem nos tratar da maneira que permitimos”, escreveu.

15 Atores negros que ganharam o Oscar:


Hattie McDaniel ganhou pelo papel de Mammy, em '...e o vento levou'. McDaniel foi muito criticada durante sua carreira por interpretar papéis de domésticas que, segundo movimentos de direitos civis, perpetuavam estereótipos.


 Sidney Poitier foi o primeiro afro-americano a ser indicado ao Oscar de melhor ator, em 1958, por 'Acorrentados', e o primeiro a ganhar a estatueta, em 1963, por 'Uma voz nas sombras'. Com o sucesso de outros filmes, ele se tornaria um dos maiores atores de Hollywood e símbolo do movimento negro nos EUA.


Louis Gossett, Jr. por seu papel em 'A força do destino’ depois de 19 anos sem nenhum negro ser indicado, o ator ganhou de melhor ator coadjuvante




'Tempo de glória' (1989) foi o primeiro Oscar de Denzel Washington, como ator coajuvante. Ele já havia sido indicado na mesma categoria dois anos antes por 'Um grito de liberdade' e disputaria o prêmio de ator principal por 'Malcolm X' (1993), 'Hurricane' (2000) e 'O vôo' (2013), vencendo mais um vez por 'Dia de treinamento' (2001).


Uma dupla nos anos 1990, apenas dois papéis cômicos em histórias românticas renderam Oscars para atores negros. Cuba Gooding Jr. ganhou pelo jogador de futebol americano Rod Tidwell, em 'Jerry Maguire', e Whoopi Goldberg pela médium de 'Ghost, do outro lado da vida'.


Halle Berry se tornou a primeira (e até hoje única) a ganhar um Oscar como melhor atriz no mesmo ano em que Denzel Washington levou sua segunda estatueta, por 'Dia de treinamento'. Até hoje, esse também foi o único ano em que os dois vencedores dos principais prêmios de atuação foram negros.



Depois da dobradinha entre Halle Berry e Denzel Washington, atores negros só voltariam a ser premiados três anos depois. Dessa vez, Jamie Foxx foi eternizado por viver o músico Ray Charles na cinebiografia 'Ray', de Taylor Hackford. Ainda em 2004, Morgan Freeman venceu como ator coadjuvante por 'Menina de ouro'.


Forest Whitaker levou o Oscar de melhor ator por 'O último rei da Escócia', em que interpretava idi Amin, ex-presidente de Uganda. E Jennifer Hudson venceu como atriz coadjuvante no musical 'Dreamgirls'.


Mo'Nique acabou sendo consagrada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua interpretação poderosa em "Preciosa: Uma história de esperança".


Depois de Mo'Nique, Octavia venceria em 2011 por "Histórias cruzadas", enquanto Lupita foi premiada em 2013, por "12 anos de escravidão". Nesse período, outros 13 atores foram indicados.


Bonus


Não podemos falar de Oscar sem falar nele, Fica a homenagem


Um comentário:

  1. Ano passado foram as feministas, agora os negros, ano que vem quem aposta que serão os gays?

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